O CASO BRUCE MACARTHUR E O FATOR COMUM ENTRE OS SERIAL KILLERS

Carlos Roberto Bacila

Resumo


O presente trabalho apresenta uma análise do caso do serial killer de Toronto, Bruce MacArthur, descoberto em janeiro de 2018, procurando detectar um fator comum entre os casos de assassinos em série mais conhecidos mundialmente, isto é, qual seria a maior dificuldade para investigar e responsabilizar os envolvidos de maneira mais célere. Para tanto, utilizo o estudo de diversos casos mais conhecidos de serial killers, nos quais os mesmos fatores estavam presentes quando, já nos primeiros homicídios, o autor apareceu como suspeito, porém foi descartado inicialmente e considerado suspeito improvável. A análise é feita sob a ótica da tese dos estigmas como metarregras. No caso, a ausência de estigmas é observada como um fator comum, isto é, os assassinos seriais não apresentavam estigma, o que se considera um fator decisivo nos casos para a não elucidação precoce. Verifica-se, portanto, que metarregras ligadas aos estigmas efetivamente interferem na responsabilização criminal da pessoa envolvida em crimes graves, de maneira que se a pessoa não tem estigma, tem pouca visibilidade para a investigação e responsabilização criminal, ainda que indícios fortes de que pode ter praticado homicídios estejam presentes. No final, apresento algumas sugestões para que se evite a interferência dos estigmas como metarregras negativas.


Palavras-chave


Serial Killer; Estudo de caso; Bruce MacArthur; Metarregra; Estigma

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